sábado, 10 de dezembro de 2016

QUANTO NOS PESA A LEI: Levados a desobediência

Um dia desses, num encontro com amigos para estudarmos as coisas do Eterno, um deles contou-me que diante de um encontro com um rabino, questionou se a observância da lei não teria se tornado um fardo muito grande para nós e por isso mesmo teria entrado em desuso.  Ele me contou que o rabino, muito calmamente lhe respondeu com essa pergunta: “Há algo na Torá impossível para os homens cumprir?”.

Na verdade,  somos levados ao engano de pensar que as leis mosaicas, seus estatutos e ordenanças são pesados de mais para nós, ou ainda, pensarmos que essa ou aquela diretriz da Torá está ultrapassada porque em tempos modernos não dá mais para continuar a seguir tal orientação. 

Os judeus costumam contar, baseados na Torá, que a Lei possui 613 ordenanças que devem, ainda, ser seguidas pela humanidade.  Por outro lado, o pensamento ocidental e cristão, nos diz que Jesus (Yeshua) aboliu  a Lei mosaica, posto que, conforme ensina a Carta aos Romanos, capítulo 10, versículo 4, “o fim da Lei é Cristo[...]”.


Assim, para nós que estamos perfazendo toda essa caminhada espiritual, nos vemos agora diante de uma estrada com uma bifurcação.   É a hora em que paramos para pensar e constatamos um possível equívoco. Que caminho tomar? Haverá dois Caminhos?

É óbvio que não! 

Durante muitos séculos fomos levados ao engano de interpretar essa passagem de Romanos com os olhos do antissemitismo que, infelizmente,  é o olhar dominante de toda teoria e crítica bíblica, da hermenêutica e da teologia sistemática.   


Na verdade, a melhor explicação para  essa passagem bíblica é a de que o termo “fim da lei”, deva ser entendido como “finalidade da lei”, ou a “direção que se aponta”. Dessa maneira estaremos, inclusive, afirmando um posicionamento do Próprio Cristo, quando diz em Mateus 5:17: 

Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim revogar, mas cumprir”.

Entendo, meus caros leitores, que a modernidade nos escravizou neste sistema financeiro e que por vezes nos vemos impossibilitados de cumprir os mandamentos do Eterno. Porém, importa darmos o primeiro passo como igreja de Cristo e em Cristo, reconhecer o pleno vigor da Torá (Lei), que de forma tão amorosa nos foi dada pelo Pai, não para aprisionar-nos, mas para garantir nossa liberdade, para apontar-nos a direção correta, o único Caminho: a obediência.

Yeshua (Jesus), ao operar milagres, comumente orientava ao agraciado a não voltar a pecar. Assim, outra vez pergunto: O que é o pecado?

Os crentes mais íntimos com a Palavra e com os idiomas originais da Bíblia, rapidamente responderão: - Pecado é errar o alvo!

Em 1 João 3:4 encontramos:
"Todo aquele que pratica o pecado está praticando também o que é contra a lei, e o pecado é aquilo que é contra a lei".

Dessa forma é pela Lei que sabemos o que é o pecado.
O Direito Penal categoricamente afirma: Não há crime sem lei anterior que o defina.
Assim, do mesmo modo, o pecado é conhecido através da lei. É ela que revela. 

Um crente desavisado, embevecido pela teologia ocidental, pode ainda afirmar: 
- Estamos vivendo a época da graça, ela desabonou nossos pecados e não precisamos mais da lei.

Ora! sejamos sinceros: Se não há mais a Lei, também não subsiste a graça, pois a revogação da lei implica na inexistência do pecado e não havendo pecado para que me serve a graça?

Atentai os ensinamentos de Yeshua. Lembre-se ele é a própria Palavra e a Palavra é a Verdade. Ela permanece viva e em pleno vigor e Ele plantou-a em nossos corações. Portanto, não sou mais o mesmo de antes, quando a desconhecia. Ela me freia, é ela que me direciona, que me dá a paz e a segurança.





 

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